Eu ainda o visto pela manhã, e noto que cada vez suas roupas ficam mais curtas. E que inevitavelmente ele não pára de crescer. Fui tomado de um sentimento forte de saudade e de nostalgia. Olhei as fotos dele de bebê, e me deparei com uma dura realidade. Quanto mais ele cresce, mais independente fica de mim. É claro que não o estou criando para ser dependente de mim a vida toda, mas todo pai deve sentir isso algumas vezes na vida: Estou preparando um cidadão para o mundo, e não para mim mesmo. Chegará o dia em que ele vai arrumar suas coisas e irá embora. Seja para morar sozinho, para estudar longe ou porque casou. E eu vou me perguntar: "-Como foi que isso aconteceu tão depressa? Como foi que ele cresceu tanto e deixou de ser aquela criança meiga que vivia me pedindo tudo? Como foi que ele se tornou independente?
Imagino, que seja isso que passa pela cabeça de Deus quando olha para nós. Ele não impede nosso crescimento, ao contrário, estimula. Foi Ele quem nos gerou, quem nos permitiu viver, e que de repente olha pra gente e se pergunta: "- Quando foi que ele se tornou independente de Mim? Quando foi que Ele não me deu mais ouvidos? Quando foi que ele quis se afastar de mim? Está tão grande, que quase não posso ergue-lo.
O filho, vai muitas vezes quebrar a cara, se magoar, se ferir... Mas quando tudo for por água baixo, é que ele se lembrará do Pai. Se lembrará que Ele tinha razão, que Ele tem carinho, que Ele nunca vai lhe dar como perdido. E é por isso, que o filho as vezes se vai, por que sabe que se der algo errado, pode voltar correndo para os braços do Pai.
É claro, que não quero que meu filho sofra, mas a vida, e as escolhas que ele fizer, vão faze-lo sofrer as vezes, quer eu queira, quer não. E mesmo eu sendo um pai falho, Deus será sempre o Pai perfeito, do Qual eu espero que meu filho seja sempre dependente. Cresça, se desenvolva, viva seus sonhos... Mas nunca se torne independente de Deus.
(Lucas 15:11-32)
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Casa do Pai
Thalles Roberto
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